Responsabilidade Social

Você conhece o Dia da Luta Nacional das Pessoas com Deficiência?

Boa parte das pessoas não sabe ou nunca ouviu falar, mas neste 21/09 é o dia da Luta Nacional das Pessoas com Deficiência (PCD).

É uma data importante para a sociedade e que deveria estar na agenda de todos os Gestores de Pessoas.

Antes de mais nada vamos conhecer os tipos de deficiências:

  • Física: que afeta os sistemas Osteoarticular, o Sistema Muscular e o Sistema Nervoso;
  • Auditiva: com perda parcial ou total da audição;
  • Visual: dividida entre cegueira ou baixa visão;
  • Mental: decorrente de problemas no cérebro;
  • Múltipla: quando ocorre duas ou mais deficiências.

Muitas das deficiências citadas não afetam o desempenho profissional e, em alguns casos, motivam e servem de superação para estas pessoas.

Mas você sabe o que diz a legislação brasileira?

Lei de inclusão para as Pessoas com Deficiência

No Brasil há a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que instituiu a obrigatoriedade de funcionários com PCD nas organizações:

Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:

I – até 200 empregados……………………………………………………………………………….2%;

II – de 201 a 500…………………………………………………………………………………………3%;

III – de 501 a 1.000……………………………………………………………………………………..4%;

IV – de 1.001 em diante. ……………………………………………………………………………..5%.

Dentro do Pilar da Responsabilidade Social a gestão das pessoas com deficiência mostra o compromisso das empresas com a qualidade de vida de seus funcionários.

Em um mundo de utopia não seria obrigatória a contratação de funcionários com deficiência e nem muito menos estipular uma cota por quantidade de pessoas.

Por isso este é um problema que tem raízes na cultura do ser humano, e por consequência da brasileira.

Possuindo alguma deficiência muitas pessoas são subestimadas, taxadas de incapazes, excluídas ou ignoradas não fazendo parte do “normal” imposto pela sociedade.

Contudo, a nova geração de consumidores, com mais acesso a informação, traz consigo uma bagagem mais humana e isso reflete no comércio em geral.

Você sabe como?

Mudança no padrão de consumo

Conforme a divulgação e o compartilhamento de dados se desenvolvem em uma velocidade sem precedentes, o acesso as essas informações por parte dos consumidores também cresce.

Hoje nós consumidores temos capacidade para rastrear produtos, matérias-primas, fornecedores, ações pré e pós-venda, além de acompanhar em tempo real os processos de muitas empresas.

E isso reflete diretamente nas escolhas de compras e gastos.

Em julho de 2018 o Instituto Akatu (Organização não governamental que trabalha na conscientização do consumo consciente) lançou o Panorama do Consumo Consciente no Brasil, trazendo os desafios, as barreiras e as motivações.

O que mais chamou a atenção foi a mudança de comportamento dos consumidores, quanto as suas preferências de compra, pois segundo o próprio Instituto:

Os consumidores valorizam, segundo o estudo, empresas que cuidam das pessoas, envolvendo os funcionários, os deficientes físicos e a comunidade.

Ou seja, além de estarem atentos a qualidade e aos preços dos produtos ou serviços, os consumidores também questionam a Responsabilidade Social existente dentro das organizações.

Esse questionamento é válido e tende a se intensificar com o passar dos anos e com o aumento ao acesso das informações divulgadas pelas empresas.

A conduta da empresa com a sociedade e em especial com as pessoas com deficiência agrega valor ao produto e se incorpora à definição de qualidade de produto.

Assim, muitas instituições não encontram outra solução a não ser …

Promover a inclusão social na cultura

Como já comentamos aqui no blog, a cultura organizacional deve ser fundamentada e nutrida com os valores de:

  • Respeito ao próximo;
  • Inclusão Social;
  • Direitos Humanos;

Buscar esses valores é que garantirá a qualidade do trabalho das pessoas com deficiência, e não somente a obrigação legal de tal necessidade.

Sempre quando falamos em mudanças de cultura é importante ressaltar que isso só ocorrerá quando for iniciada do topo para a base.

Como assim?

Eu explico!

Para uma cultura organizacional mudar é necessário que a mudança seja dita e feita primeiro pela diretoria, depois pelos gestores, para então o restante da empresa também adotar.

Mudanças que começam invertidas raramente duram ou sequer saem da base.

Lembre-se: promover a Inclusão Social melhora o clima organizacional e é um direito das pessoas com deficiência.

Faça a sua parte e apoie este dia!

Até breve.

Comentários